Arrependimento da ação e inação: o efeito moderador da autoestima

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Tipo de produção
Dissertação
Data
2018
Autores
Muniz, Annaysa Salvador
Orientador
Hernandez, José Mauro da Costa
Periódico
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Citação
MUNIZ, Annaysa Salvador. Arrependimento da ação e inação: o efeito moderador da autoestima. 2018. 68 f. Dissertação (Mestrado em Administração) - Centro Universitário FEI, São Paulo, 2018 Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2018.
Texto completo (DOI)
Palavras-chave
Arrependimento,Autoestima,Risco social,Risco psicológico
Resumo
O arrependimento é a única emoção que está unicamente ligada à tomada de decisão. Compreender os elementos que levam a emoções negativas relacionadas à decisão, como o arrependimento, pode ser útil para entender a avaliação pós-escolha e a intenção de recompra (INMAN; DYER; JIA, 1997; TSIROS; MITTAL, 2000). A presente pesquisa tem como objetivo ampliar a compreensão sobre este tópico, avaliando o efeito da autoestima sobre o arrependimento. É sugerido que os indivíduos com baixa autoestima (BAEs) têm maior arrependimento do que os indivíduos de elevada autoestima (EAEs). Entretanto, o tipo de decisão (ação vs. inação), o rico percebido da situação e a atribuição de responsabilidade pelo resultado também devem ser considerados. Não foram encontrados estudos anteriores que examinaram estas relações em situações de consumo. Um resultado negativo de uma decisão de compra, quando tornado público, pode provocar ameaças que compõem o risco psicológico e social e diferentes reações de acordo com o nível de autoestima do indivíduo. A influência da exposição do resultado da decisão foi analisada por meio da presença de comentários negativos ou ausência de elogios. Foram realizados 3 experimentos laboratoriais e os resultados foram analisados utilizando modelos do Process de moderação e mediação. Em todos os estudos foi encontrado um efeito de interação significativa entre autoestima e tomada de decisão. Os EAEs se arrependem menos na ação do que na inação, enquanto LSEs reportaram níveis de arrependimento similares em ambas condições. Quando os indivíduos são criticados, o padrão de arrependimento foi semelhante ao observado quando eles não são elogiados. Quando agem, EAEs se sentem menos responsáveis por um mau resultado, no entanto, ser criticado ou deixar de ser elogiado devido uma falha em agir elevou os níveis de arrependimento e atribuição de responsabilidade interna destes indivíduos. A diferença entre o padrão de arrependimento entre o Estudo 1 e Estudo 2 e 3 é explicada pelo argumento de que o Estudo 1 refere-se a um arrependimento pela compra, enquanto os Estudos 2 e 3 referem-se a um arrependimento pela decisão. Portanto, é defendido que em algumas situações, o risco social e psicológico podem reduzir a influência do risco financeiro, mesmo quando houve investimento financeiro.
Regret is the only emotion that is uniquely tied to decision making. Understanding the elements that lead to negative decision-related emotions, such as regret, can be useful in understanding post-choice evaluation and repurchase intent (INMAN; DYER; JIA, 1997; TSIROS; MITTAL, 2000). The present research aims to broaden the understanding of this topic, evaluating the effect of self-esteem on regret. It is suggested that individuals with low self-esteem (LSEs) experience greater regret than individuals with high self-esteem (HSEs). However, the type of decision (action vs. inaction), the perceived risk of the situation and the responsibility attribution for the outcome should also be considered. No previous studies were found that examined these relationships in consumer situations. A decision negative outcome, when made public, can trigger threats that stem both psychological and social risk consequences and different reactions according to the individual's level of self-esteem. The influence of the decision outcome was analyzed by the presence of negative comments or lack of praise. Three laboratory experiments were performed and the results were analyzed using the moderation and mediation Process models. In all studies, a significant interaction effect between self-esteem and decision-making was found. HSEs reported different levels of regret for action and inaction contexts, while LSEs reported similar levels of regret in both conditions. When individuals are criticized, regret pattern was similar to that observed when they are not praised. When they act, HSEs feel less responsible for a poor outcome; however, being criticized or failing to be praised because of a failure to act has raised the levels of regret and attribution of internal responsibility of these individuals. The difference between the pattern of regret between Study 1 and Study 2 and 3 is explained by the argument that Study 1 refers to a purchase regret, while Studies 2 and 3 refer to a regret for the decision. Therefore, it is argued that in some situations, social and psychological risk can reduce the influence of financial risk, even when there is a financial investment.