Programa de Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado em Administração
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- O licenciamento ambiental e a efetividade dos sistemas de logística reversa: estudo de caso nos setores de eletroeletrônicos de uso doméstico e de embalagem em geral no estado de São Paulo(2024) Colona, Sueli FerreiraApesar dos avanços de políticas de responsabilização pós-consumo como a Responsabilidade Estendida do Produtor (REP) no cenário internacional e da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), no cenário nacional, diversos desafios permanecem para sua maior efetividade, tais como: implementação de ecodesign, ampliação de infraestrutura de coleta e destinação, desenvolvimento indicadores de gestão e tecnologias para lidar com a complexidade crescente dos resíduos. Frente a este cenário, o Estado de São Paulo de forma pioneira no país estabeleceu a obrigatoriedade das empresas implementarem seus Sistemas de Logística Reversa (SLR) como condicionante para o licenciamento ambiental junto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). No entanto, até esse momento pouco se sabe como essa regulamentação tem contribuído efetivamente para a estruturação e implementação dos SLR no Estado de São Paulo. Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a efetividade dos SLR dos setores de eletroeletrônicos de uso doméstico e de embalagens em geral, integrantes do processo de licenciamento ambiental do Estado de São Paulo. A abordagem metodológica foi de natureza qualitativa e exploratória e as técnicas de coleta privilegiaram entrevistas semiestruturadas com múltiplos stakeholders dos dois setores pesquisados, análise documental e observações do pesquisador. A estratégia de análise de dados foi a de análise de conteúdo com apoio do software NVivo. Os resultados mostram que os stakeholders entrevistados dos dois setores analisados reconhecem aspectos positivos da nova legislação como seu caráter indutor para ampliar a adesão das empresas e promover o avanço na estruturação e implementação dos SLR no Estado de São Paulo, como por exemplo, a integração gradativa das cooperativas de catadores nos SLR. No entanto, permanece um número muito maior de barreiras para a ampliação dos SLR que a regulamentação pouco tem contribuído para superá-las. Destaca-se a pouca efetividade do processo de fiscalização por parte do poder público para garantir o comprometimento das empresas na implementação de seus SLR. Além disso, esta pesquisa mostrou que a nova legislação possibilitou que o Varejo se eximisse de sua responsabilidade na gestão compartilhada dos resíduos pós-consumo. Os resultados desta pesquisa possibilitam o avanço de estudos futuros em demais setores que enfrentam desafios na gestão de resíduos pós-consumo e trazem insights valiosos para profissionais e gestores envolvidos na implementação e melhoria de práticas de LR
- O licenciamento ambiental e a efetividade dos sistemas de logística reversa: estudo de caso nos setores de eletroeletrônicos de uso doméstico e de embalagem em geral no estado de São Paulo(2024) Colona, Sueli FerreiraApesar dos avanços de políticas de responsabilização pós-consumo como a Responsabilidade Estendida do Produtor (REP) no cenário internacional e da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), no cenário nacional, diversos desafios permanecem para sua maior efetividade, tais como: implementação de ecodesign, ampliação de infraestrutura de coleta e destinação, desenvolvimento indicadores de gestão e tecnologias para lidar com a complexidade crescente dos resíduos. Frente a este cenário, o Estado de São Paulo de forma pioneira no país estabeleceu a obrigatoriedade das empresas implementarem seus Sistemas de Logística Reversa (SLR) como condicionante para o licenciamento ambiental junto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). No entanto, até esse momento pouco se sabe como essa regulamentação tem contribuído efetivamente para a estruturação e implementação dos SLR no Estado de São Paulo. Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a efetividade dos SLR dos setores de eletroeletrônicos de uso doméstico e de embalagens em geral, integrantes do processo de licenciamento ambiental do Estado de São Paulo. A abordagem metodológica foi de natureza qualitativa e exploratória e as técnicas de coleta privilegiaram entrevistas semiestruturadas com múltiplos stakeholders dos dois setores pesquisados, análise documental e observações do pesquisador. A estratégia de análise de dados foi a de análise de conteúdo com apoio do software NVivo. Os resultados mostram que os stakeholders entrevistados dos dois setores analisados reconhecem aspectos positivos da nova legislação como seu caráter indutor para ampliar a adesão das empresas e promover o avanço na estruturação e implementação dos SLR no Estado de São Paulo, como por exemplo, a integração gradativa das cooperativas de catadores nos SLR. No entanto, permanece um número muito maior de barreiras para a ampliação dos SLR que a regulamentação pouco tem contribuído para superá-las. Destaca-se a pouca efetividade do processo de fiscalização por parte do poder público para garantir o comprometimento das empresas na implementação de seus SLR. Além disso, esta pesquisa mostrou que a nova legislação possibilitou que o Varejo se eximisse de sua responsabilidade na gestão compartilhada dos resíduos pós-consumo. Os resultados desta pesquisa possibilitam o avanço de estudos futuros em demais setores que enfrentam desafios na gestão de resíduos pós-consumo e trazem insights valiosos para profissionais e gestores envolvidos na implementação e melhoria de práticas de LR
- A logística reversa do OLUC (Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado): uma análise do armazenamento e rerrefino(2019) César, R. M.A sociedade reivindica atualmente das organizações a realização de práticas ambientais sustentáveis, inovadoras e que utilizem a menor quantidade possível de recursos no processo produtivo industrial. Isso representa, além de um apelo ambiental, uma nova mentalidade sobre a gestão e o uso dos recursos do planeta. Diante dessa realidade, coube à indústria a responsabilidade de praticar e promover a logística reversa como forma de coletar e reutilizar os resíduos nos respectivos processos produtivos. Uma das indústrias que já utilizam os resíduos na produção é a de óleos lubrificantes, que processa o OLUC - Óleo lubrificante usado ou contaminado - como insumo para a criação de novos produtos. Nesse segmento industrial, se observa determinações legais quanto à coleta e ao percentual de reaproveitamento do OLUC. Contudo, a quantidade recolhida e reprocessada é ainda inferior a índices de outros países como Reino Unido e Irlanda. Dado que um grande volume do OLUC não retorna às refinarias para rerrefino, este estudo possui a seguinte pergunta de pesquisa: Quais as destinações dadas ao OLUC? O objetivo geral deste trabalho é verificar quais as destinações, além do rerrefino, que são dadas ao OLUC pelos postos e identificar os fatores que fazem com que a parte não seja encaminhada ao rerrefino. Este estudo é de caráter qualitativo e exploratório e foi desenvolvido por meio de uma pesquisa de campo e entrevistas com os agentes (armazenador e rerrefinador) em duas regiões geográficas, Goiás e São Paulo, da cadeia da logística reversa do OLUC. Conclui-se que graças a grande extensão geográficas refinarias estão concentradas no sul e sudeste, enfrentando assim dificuldades no tocante de logística desse óleo. Pode-se verificar também uma grande diferença dos preços praticados em cada região do país, ressaltando que o estudo apenas mostrou uma pequena do grande ciclo do OLUC
- Cadeia reversa de resíduos de eletroeletrônicos:um estudo sobre os sistemas de informação e as tecnologias de rastreamento(2019) Bernardo, Odair Oliveira
Dissertação Política nacional de resíduos sólidos (PNRS), perspectivas, desafios e oportunidades para a indústria nacional de computadores(2012) Migliano, J. E. B.A política nacional de resíduos sólidos (PNRS) aprovada em 2010 estabeleceu um regime de responsabiliade compartilhada para diversos bens pós-consumo. Definiu que até 2014 sejam estabelecidos acordos setoriais para a implantação de mecanismos de logística reversa para o tratamento e disposição ambientalmente correta dos mesmos. Destacam-se nesse processo os equipamentos eletroeletrônicos e, particularmente, os produtos da indústria de informática. Apesar do prazo definido em Lei, percebe-se que até o momento as ações tomadas nesse segmento específico têm se desenvolvido lentamente devido à complexidade do tema. Esta dissertação tem como objetivo exploratório identificar as principais perspectivas, desafios e oportunidades para a implementação da logística reversa na cadeia de suprimentos da indústria de computadores. Os procedimentos metodológicos privilegiam a análise documental e a realização de entrevistas em profundidade com vinte e um representantes-chave envolvidos nessa cadeia e que devem compor formalmente o acordo setorial previsto em Lei: governo, fabricante, reciclador e cooperativas de catadores, assim como a observadores neutros ligados à academia, dedicados a pesquisa e envolvidos nessa atividade econômica particular. Os resultados desta investigação indicam perspectivas importantes para o equacionamento do problema do lixo urbano, as oportunidades de geração de novos negócios, trabalho e renda e desenvolvimento tecnológico. Todavia, acompanhadas de desafios fiscais, trabalhistas e de regulação ambiental, assim como da dificuldade de consenso existente entre os atores da cadeia de logística reversa para conceituar as definições da terminologia, como também dos processos que, de fato, caracterizem a reciclagem a reciclagem de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos (REEEs). Além disso, governo, empresas e consumidores, obrigados a implantar a logística reversa (LR) também devem atingir um consenso quanto às responsabilidades sobre a absorção dos custos adicionais envolvidos nesses processos.Dissertação Os limites da política nacional de resíduos sólidos do Brasil para as embalagens plásticas flexíveis e laminadas:uma proposta de modelo conceitual(2015) Massote, B. P.Os custos crescentes com a gestão de resíduos sólidos obrigaram diversos países da Europa a desenvolverem e implantarem novas políticas ambientais com o objetivo de compartilhar com os fabricantes e comerciantes os custos envolvidos no tratamento destes resíduos. O conceito denominado Extended Producer Responsibility (Responsabilidade Estendida do Produtor) que surgiu na Europa na década de 1990, rapidamente ganhou força pelo continente e alguns anos mais tarde já influenciava a criação de legislações ao redor de todo o Mundo. Pesquisas recentes mostram que os índices de reciclagem de embalagens médio nos diversos programas em operação na União Europeia cresceram significativamente, saltando de 41,7% em 1997 para 65,3% em 2010. Apesar dos resultados positivos, muitos países ainda enfrentam desafios como a presença de empresas caroneiras que tem seu resíduo coletado, porém sem contribuir financeiramente com o sistema em operação. O Brasil é uma das mais recentes nações a adotar o conceito por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010. Este marco regulatório defende o princípio da Responsabilidade Compartilhada com o qual fabricantes, distribuidores e varejistas passam a ser responsáveis pelos seus próprios resíduos pós-consumo. Entre os direcionamentos definidos pela PNRS está a implantação de sistemas de logística reversa para resíduos pós-consumo incluindo preferencialmente a participação das cooperativas de catadores de materiais recicláveis.Esta pesquisa tem como principal objetivo a discussão das limitações e perspectivas da implantação do modelo de logística reversa definido pelo acordo setorial apresentado ao Ministério do Meio Ambiente do Brasil pela coalização de empresas pertencentes ao grupo de Embalagens em Geral, visado o cumprimento da lei 12.305/2010 que estabelece a PNRS. O trabalho buscou analisar mais profundamente o impacto da PNRS nas embalagens plásticas flexíveis laminadas ou multicamadas que hoje não são reaproveitadas. Para cumprir tal objetivo optou-se por uma pesquisa de natureza qualitativa e exploratória que utilizou como técnicas de coleta de dados uma extensa revisão da literatura internacional e entrevistas em profundidade com especialistas e profissionais dos setores diretamente impactos pela nova legislação. Os resultados indicam uma série de desafios para que estas embalagens passem a ser coletadas e comercializadas para fins de reciclagem, entre eles a falta de interesse da indústria de reciclagem em investir na tecnologia necessária, o desinteresse dos fabricantes em desenvolver uma solução de reciclagem para suas embalagens, a deficiência de gestão das cooperativas além do baixo comprometimento por parte dos consumidores.A pesquisa apresenta uma evidente contradição entre as pressões de mercado para o desenvolvimento de embalagens mais atraentes e baratas, especialmente as flexíveis, e as limitadas possibilidades de reaproveitamento pós-uso das mesmas. Pressionados pela nova legislação, fabricantes lograram encontrar uma alternativa para cumprir as exigências da lei, focando quase exclusivamente na ampliação da coleta. A primeira vista, tal alternativa pode trazer benefícios como fortalecimento das cooperativas e redução da quantidade de resíduos enviados para aterros. Entretanto, ao priorizar esta alternativa, novos desafios se apresentam na medida em que quantidades crescentes de embalagens que não podem ser efetivamente reaproveitadas na realidade brasileira, dadas as limitações tecnológicas e de custo, terão como destino final os aterros. Entre as medidas adotadas por outros países para contornar este desafio, destacam-se os instrumentos econômicos como redução da carga tributária que hoje responde por uma parcela significativa dos custos envolvidos na cadeia de reciclagemDissertação Lógica reversa no varejo:construindo relações nas diferentes modalidades - produtos, embalagens e resíduos pós-consumo(2015) Oliveira, L. da S.A atividade de logística reversa (LR) no varejo vem se modificando nos últimos anos, assumindo novos papéis e desafios. Inicialmente, o foco estava nas atividades de retorno de produtos defeituosos ou vencidos, estimuladas pelo avanço da legislação, como a lei do direito do consumidor, regulamentada por meio do Código de Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990). Atualmente, novas atividades foram incorporadas em função de uma maior preocupação das empresas com a questão da sustentabilidade, da competitividade e com o avanço da legislação ambiental. Além disso, com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS (BRASIL, 2010a) em 2010 - que utiliza o conceito de Responsabilidade Estendida do Produtor REP, empregado por países europeus, o varejo deve contribuir para o fluxo reverso dos resíduos pós-consumo, em função do seu posicionamento estratégico na cadeia de valor. Assim, foram identificadas três modalidades principais para realização da LR: necessidade do retorno de produtos, retorno de embalagens utilizadas para movimentação logística, e embalagens pós-consumo geradas dentro das operações do varejo e pelos consumidores que devolvem suas embalagens na loja. O presente estudo tem como objetivo analisar como as relações entre varejo, fornecedores e clientes estão sendo construídas para viabilizar a LR nas três modalidades identificadas. A metodologia escolhida foi pesquisa qualitativa de natureza exploratória através de um estudo de caso único a partir das três unidades de análise identificadas no referencial teórico. A coleta de dados foi realizada por meio de pesquisa de campo junto a dez profissionais envolvidos no processo de LR do maior varejista supermercadista do Brasil, entre eles: integrantes da cadeia de suprimentos, responsáveis por lojas de médio e grande porte, colaboradores da área responsável pela sustentabilidade da empresa, fornecedor de embalagens para movimentação logística, responsável pelo gerenciamento dos resíduos recicláveis nas lojas e trabalhadores de uma cooperativa de catadores de reciclados. Os resultados mostram que o varejista possui processos estruturados de LR para todas as modalidades e que eles são anteriores ao Código de Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990) e à PNRS (BRASIL, 2010a). O varejista trabalha com duas alternativas para produtos que não estão em condições de comercialização: a primeira iniciativa é a doação para instituições de caridade, a segunda está relacionada à recuperação econômica parcial dos produtos que não podem ser doados e são comercializados através de leilão. Ainda assim, foram identificados conflitos em todas as três modalidades estudadas. Os conflitos estão presentes nas áreas externas, ou seja, em fornecedores, produtores e parceiros, e internas, principalmente nas áreas: comercial, logística e lojas. Destaca-se ainda que a relação mais colaborativa e que rendeu maiores benefícios econômicos e ambientais encontra-se na LR de embalagens de movimentação, impulsionada por ação voluntária e não por legislação. A parceria com um fornecedor europeu substituiu os antigos contentores de plástico (anteriormente feitos em madeira), por contentores de plástico reutilizáveis e dobráveis, tendo como resultado o aumento de sua vida útil e, portanto, ganhos econômicos no processo. Para os resíduos recicláveis pós-consumo coletados nas lojas, a principal iniciativa tem sido a doação para cooperativas, realizada desde 2001, o que acabou antecipando uma das diretrizes da PNRS (BRASIL, 2010a) sobre a inclusão dos catadores organizados no fluxo reverso de embalagensDissertação Logística reversa de computadores e celulares:desafios e perspectivas para o modelo brasileiro(2014) Augusto, E. E. F.Com o acelerado crescimento do mercado de Equipamentos Eletro Eletrônicos (EEE), alimentado pela obsolescência programada e aumento do consumo per capita dos microcomputadores e aparelhos celulares, cresce na mesma velocidade os resíduos gerados pelo descarte desses dispositivos, que possuem em sua composição, substâncias tóxicas à saúde e meio ambiente quando não descartados de forma ambientalmente adequada. Este contexto tem gerado diferentes modelos de Logística Reversa (RL) em países desenvolvidos. Contudo a LR de Resíduos de Equipamentos Eletro Eletrônicos (REEE) em países em desenvolvimento ainda é incipiente, como mostram iniciativas na Índia e na China, onde modelos específicos devem ser adaptados à realidade local, em função da ausência de legislação adequada e de incentivos econômicos, baixo nível de conscientização da população e a existência de catadores de rua informais, que são responsáveis por uma quantidade crescente da coleta dos REEE, com processamento inadequado e nocivo à saúde e meio ambiente. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010, determina a implantação de sistemas de Logística Reversa (LR), para o tratamento e disposição ambientalmente correta dos resíduos pós-consumo, tais como os EEE, através de acordos setoriais que devem ser estabelecidos até agosto de 2014. Entretanto o setor de EEE não tem uma data estabelecida para a implantação da LR pela PNRS. Esta pesquisa tem como principal objetivo identificar os desafios e as perspectivas para a implementação do modelo de LR dos REEE, destacando-se os segmentos de computadores e aparelhos celulares. Em função das poucas informações disponíveis sobre esta problemática, optou-se por uma pesquisa de natureza qualitativa e exploratória. As técnicas de coleta de dados privilegiaram a realização de entrevistas semi-estruturadas em profundidade com atores envolvidos na cadeia de LR de REEE, análise documental e participação nos principais fóruns que debatem a implantação da LR. Foram entrevistados representantes dos fabricantes, governo, importadores, empresas recicladoras, setor de varejo, cooperativas de catadores, e membros da academia e institutos de pesquisa que trabalham com a temática. Os dados foram interpretados por meio da técnica de análise de conteúdo, com o auxílio do software de apoio à pesquisa qualitativa NVIVO. Os resultados mostram a importância do novo regulamento para reforçar o diálogo entre os membros da cadeia de EEE para o desenvolvimento do modelo brasileiro de LR. O modelo emergente inclui uma taxa de reciclagem no preço do produto, usada para financiar uma entidade de reciclagem responsável pela coleta e destinação do lixo eletrônico de forma ambientalmente responsável. No entanto, os produtores afirmam que, no sistema tributário brasileiro a taxa de reciclagem representa uma dupla tributação, com um impacto cumulativo sobre o preço final do produto. Uma colcha de retalhos de diferentes leis ambientais, em diferentes Estados pode restringir a mobilidade do REEE no país, reduzindo a eficiência e impedindo economias de escala. Finalmente, as lacunas tecnológicas para a reciclagem do material mais valioso dos REEE no país, a escala geográfica e as longas distâncias de transporte, e os conflitos entre as organizações de catadores e empresas, representam desafios para o sucesso do modelo brasileiro- Entraves e perspectivas para a logística reversa no contexto nacional(2014) Sencovici, L. A.A evolução tecnológica proporcionada pelo petróleo ofereceu uma variedade de produtos considerados indispensáveis pela atual civilização. No entanto, junto com seus benefícios, vieram os impactos ambientais, em razão de seu potencial poluidor, de cuja categoria o óleo lubrificante faz parte. O óleo lubrificante gera dois tipos de resíduos, sendo que o primeiro é a embalagem quando comercializada e esvaziada, e o segundo é o próprio óleo que por razões técnicas de uso deve ser trocado. Esses dois resíduos devem ter o tratamento adequado para seu correto reaproveitamento ou destinação específica. Para que isso aconteça, tecnologias foram e continuam sendo desenvolvidas, contudo, há também a necessidade de se atender à legislação específica que prevê a forma adequada de reaproveitamento dos resíduos ou a destinação correta, caso não haja o reaproveitamento. No Brasil, cada tipo de resíduo possui uma legislação própria. Especificamente a do óleo lubrificante está contemplada na resolução do CONAMA 362/2005; já as embalagens estão enquadradas dentro do contexto da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010, mas com regulamentação específica celebrada em acordo setorial no final de 2012. Tanto no que tange às questões tecnológicas quanto às questões legais, há desafios importantes para os agentes envolvidos na cadeia, tais como varejistas, comerciantes, fabricantes, importadores e consumidores, e o principal envolve não somente a montagem de esquemas de logística reversa para a coleta destes resíduos, mas também o que deriva dos resíduos de óleo lubrificantes como, por exemplo, definição de início e término das responsabilidades dos agentes, quem deve arcar com os custos inerentes a essas operações e aceitação que há uma legislação que deve ser cumprida. Nesse contexto, a presente dissertação tem por objetivo compreender tais desafios, saber como os agentes trabalham para superá-los, e ainda, tentar identificar se oportunidades estão surgindo no gerenciamento do óleo lubrificante usado e também das embalagens. Para tanto, utilizou-se uma abordagem metodológica de caráter qualitativo, com coleta de dados por meio de pesquisa bibliográfica, entrevistas exploratórias e posterior análise e interpretação dos dados obtidos. Os resultados obtidos demonstram avanços importantes na coleta e destinação desses resíduos, inclusive com boas perspectivas na origem de novos negócios. Todavia, a quantidade de agentes envolvidos e a dificuldade de consenso entre estes traz muita complexidade ao tema da logística reversa desses resíduos e será necessário grandes esforços para que se obtenham avanços mais relevantes